segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

PASSIO



A cegueira da paixão,


Aquela inconsequente e suicida,


De entrega absoluta, de irresponsável senso...


Temo que as frestas de minha visão estejam destrancadas
E agora, de olhos abertos,


Eu não consiga mais mergulhar nesse abismo sem fundo, de tantos perfumes e sensações devastadoras.


Já quebrei todos os meus ossos


E chorei todos os rios de desilusão.


A cegueira se dissipou e me atracou no cais,


Onde os pés se fincam firmes


E a razão é meu império de conforto.


Meu coração sente falta da deriva do desejo,


Do desconforto da espera,


Do alvoroço do encontro.


***


Meu coração jovial sabia ter cor na guerra.



Hérlon Fernandes Gomes, 12 de Janeiro de 2014.



O olhar de Glauber Oliveira, talentoso fotógrafo brejossantense, tem-me inspirado a mergulhar no imaginário dessas fotografias.

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