“Maktub”. “Está escrito”. Oh, doce mistério esse de estar vivo! Quais oráculos irão desvendar os segredos dessa travessia nossa, desse pulsar de emoções da Existência?
Nunca em meus planos esteve a imagem de poder morar na Amazônia brasileira e, no entanto, cá estou, na fronteira deste Brasil, cercado de rios e de uma biodiversidade que exalam o cheiro do barro cru há pouco moldado por Deus. É essa sensação de pequenez humana e de expansão espiritual que me inundam todo.
Em derredor a essa profusão viva, enraízam-se histórias de homens e mulheres que aceitaram o desafio de participar dessa simbiose nem sempre tão harmônica com a selva e que nos legam enredos dignos de deixar invejosa a Sherazade, com assunto para mil e uma noites.
Hoje, tive a graça de conhecer pessoalmente uma admirável personalidade deste Vale do Guaporé: o escritor guajaramirense Paulo Cordeiro Saldanha.
Nunca em meus planos esteve a imagem de poder morar na Amazônia brasileira e, no entanto, cá estou, na fronteira deste Brasil, cercado de rios e de uma biodiversidade que exalam o cheiro do barro cru há pouco moldado por Deus. É essa sensação de pequenez humana e de expansão espiritual que me inundam todo.
Em derredor a essa profusão viva, enraízam-se histórias de homens e mulheres que aceitaram o desafio de participar dessa simbiose nem sempre tão harmônica com a selva e que nos legam enredos dignos de deixar invejosa a Sherazade, com assunto para mil e uma noites.
Hoje, tive a graça de conhecer pessoalmente uma admirável personalidade deste Vale do Guaporé: o escritor guajaramirense Paulo Cordeiro Saldanha.
Aqui, no estado de Rondônia, ele é um nome que dispensa apresentações, por vários outros atributos que lhe lauream. Mas, neste espaço, gostaria de prestar uma singela homenagem ao homem que dedica suas letras para enaltecer a merecida realeza de sua terra.
O Jornal “O Mamoré”, periódico de vida perene nesta cidade, é um veículo importante para a integração social e até moral do município. Foi da leitura de “O Mamoré” que partiu minha admiração por Paulo Cordeiro Saldanha, responsável pela coluna “Crônicas Guajaramirenses”.
Detentor de um espírito saudosista, o escritor ali imprime reminiscências remotas, contando episódios corriqueiros e enaltecendo personagens que não podem padecer no baú do acomodado esquecimento.
Maior foi meu deslumbramento ao me deparar, numa livraria, com um romance escrito por esse guaporense!
O gênero romance é um texto extremamente difícil de se encarar; é um trabalho que, na sua maior parte, exige mais transpiração e paciência que inspiração. Poucas são as cidades a terem o orgulho de possuir um filho romancista. Pois bem, Guajará-Mirim o possui!
Adquiri, então, O Oráculo da Candelária, última publicação do autor, e embrenhei-me pela leitura desse romance, cheio dessa cor-local amazônica, coroado pelo enigma íntimo a unir Nilton e Melina, personagens dessa trama universal, nascida no espaço europeu e ancorada na exótica Amazônia rondoniense, palco para mistérios cármicos esboçados por uma força sobre-humana, aos auspícios do Criador.
Maior foi meu deslumbramento ao me deparar, numa livraria, com um romance escrito por esse guaporense!
O gênero romance é um texto extremamente difícil de se encarar; é um trabalho que, na sua maior parte, exige mais transpiração e paciência que inspiração. Poucas são as cidades a terem o orgulho de possuir um filho romancista. Pois bem, Guajará-Mirim o possui!
Adquiri, então, O Oráculo da Candelária, última publicação do autor, e embrenhei-me pela leitura desse romance, cheio dessa cor-local amazônica, coroado pelo enigma íntimo a unir Nilton e Melina, personagens dessa trama universal, nascida no espaço europeu e ancorada na exótica Amazônia rondoniense, palco para mistérios cármicos esboçados por uma força sobre-humana, aos auspícios do Criador.
Entre a troca de e-mails, tive a honra de ser convidado pelo escritor para um “café literário”, às margens do rio Pakáas Novos, que se estendeu por um almoço até a tarde toda, quando o tempo não foi desperdiçado por nenhum hiato de silêncio, haja vista a constante e agradável conversa que nos envolveu.
O Sr. Paulo Saldanha, além de extremamente bem-humorado, é uma enciclopédia-viva desta porção de Brasil – não obstante seus conhecimentos universais. É um amante fervoroso de sua história, de sua família; é um devotado discípulo da literatura, pela qual se utiliza como instrumento para partilhar com todos de suas vivências e impressões de sua terra.
Despido da vaidade que macula de pedantismo alguns intelectuais, o Sr. Paulo, este admirável “contador de histórias”, carrega a impressão verídica de uma alma generosa, que busca aquilatar a cultura municipal aparentemente (?) negligenciada pelos poderes públicos constituídos.
Voltei para casa mais cheio de amor por esta terra que me acolheu tão bem e que a cada dia me põe no caminho a oportunidade de conhecer grandiosas pessoas. De lambujem, fui presenteado com o primeiro romance do autor, O Alferes e o Coronel, que traz como personagem principal um conterrâneo cearense, de Canindé, conhecido coronel da história de todo o Norte do País.
Deus continue a lhe render essa abençoada inspiração, Sr. Paulo, e nos conceda o presente de poder desfrutar de suas histórias por muito tempo, ao sabor de sua prosa de deliciosa leitura. A cultura agradece!
Hérlon Fernandes Gomes
Guajará-Mirim/RO, 28 de março de 2011.