A humanidade está dividida entre os que acreditam nesse Ser e nos que ignoram totalmente a existência dessa força que tudo comanda. Os que crêem, o fazem e pronto; levam uma vida tranqüila, resignada — arriscaria dizer que até mesmo mais feliz. Os que não acreditam, pensam que esta vida é curta e, por isso, passageira — vivem impetuosamente. Mas ainda há aquele rol dos que simplesmente duvidam e tentam buscar uma resposta exata para uma pergunta que ninguém respondeu — esses geralmente acabam frustrados, são chamados de loucos e poucos dão crédito a seus comentários.
Hoje, pela manhã, assisti a um depoimento de uma astronauta sobre a emoção de ver a Terra lá de cima. Ela disse que quando estamos embaixo, temos a sensação de que nós somos o mundo, de que o que realmente importa são as nossas questões, os nossos sofrimentos e o enfrentamento diário que envolve os homens. Vendo a Terra de cima, à cerca de quatrocentos quilômetros da atmosfera, contemplando o silêncio absoluto, temos a nítida certeza de que este planeta é a única coisa que nos resta.
Abaixo desta fina camada, que se chama atmosfera, temos a vida se espalhando entre oceanos, florestas, grandes metrópoles; acima dela, apenas o vácuo! E de lá de cima é possível ver o sol se pôr e nascer dezesseis vezes, a cada uma hora e meia. Parece, pois, que alguma força incógnita, invisível, tudo comanda, misteriosamente, secretamente, constantemente... E nós, meros mortais, estamos ocupados demais em novas tecnologias, em retardar a velhice, vencer a morte.
Lá de cima, a Nave-mãe é quem assume o posto de pequenez e a paixão não correspondida de inúmeros humanos, a corrupção, a violência, a criança que acaba de nascer, uma nova espécie de flor a ser descoberta... tudo isso está alheio; pois a Terra, vista lá de cima, é única e pequena, assim como somos para tentar compreender a identidade de Deus.
O mistério da vida é o que mais me intriga. Penso que, para viver princípios harmoniosos, precisamos admitir o nosso status de pequenez e buscar aproveitar a felicidade que essa existência nos proporciona. Diante da perfeição que é o universo, nada mais nos surpreenderia e eu tenho no mistério a resposta para as questões jamais respondidas.
Hérlon Fernandes Gomes, Brejo Santo - CE.
P.S.: Publicado originalmente em 2005, na coluna que me pertencia no extinto AGENDA CARIRI.
Hoje, pela manhã, assisti a um depoimento de uma astronauta sobre a emoção de ver a Terra lá de cima. Ela disse que quando estamos embaixo, temos a sensação de que nós somos o mundo, de que o que realmente importa são as nossas questões, os nossos sofrimentos e o enfrentamento diário que envolve os homens. Vendo a Terra de cima, à cerca de quatrocentos quilômetros da atmosfera, contemplando o silêncio absoluto, temos a nítida certeza de que este planeta é a única coisa que nos resta.
Abaixo desta fina camada, que se chama atmosfera, temos a vida se espalhando entre oceanos, florestas, grandes metrópoles; acima dela, apenas o vácuo! E de lá de cima é possível ver o sol se pôr e nascer dezesseis vezes, a cada uma hora e meia. Parece, pois, que alguma força incógnita, invisível, tudo comanda, misteriosamente, secretamente, constantemente... E nós, meros mortais, estamos ocupados demais em novas tecnologias, em retardar a velhice, vencer a morte.
Lá de cima, a Nave-mãe é quem assume o posto de pequenez e a paixão não correspondida de inúmeros humanos, a corrupção, a violência, a criança que acaba de nascer, uma nova espécie de flor a ser descoberta... tudo isso está alheio; pois a Terra, vista lá de cima, é única e pequena, assim como somos para tentar compreender a identidade de Deus.
O mistério da vida é o que mais me intriga. Penso que, para viver princípios harmoniosos, precisamos admitir o nosso status de pequenez e buscar aproveitar a felicidade que essa existência nos proporciona. Diante da perfeição que é o universo, nada mais nos surpreenderia e eu tenho no mistério a resposta para as questões jamais respondidas.
Hérlon Fernandes Gomes, Brejo Santo - CE.
P.S.: Publicado originalmente em 2005, na coluna que me pertencia no extinto AGENDA CARIRI.
Gosto de pensar nas imposições a nós colocadas. Sobre o que é certo e o que é errado. Acredito em algo maior que nós seres humanos.
ResponderExcluirAcredito estarmos aqui para algo.
Penso que a vida é algo grandioso demais para achar que ela acaba na morte.
Penso no "pós-morte" como uma nova vida em algum lugar.
Adoro esse tipo de discussão!