A cegueira da paixão,
Aquela inconsequente e suicida,
De entrega absoluta, de irresponsável senso...
Temo que as frestas de minha visão estejam destrancadas
E agora, de olhos abertos,
Eu não consiga mais mergulhar nesse abismo sem fundo, de tantos perfumes e sensações devastadoras.
Já quebrei todos os meus ossos
E chorei todos os rios de desilusão.
A cegueira se dissipou e me atracou no cais,
Onde os pés se fincam firmes
E a razão é meu império de conforto.
Meu coração sente falta da deriva do desejo,
Do desconforto da espera,
Do alvoroço do encontro.
***
Meu coração jovial sabia ter cor na guerra.
Hérlon Fernandes Gomes, 12 de Janeiro de 2014.
O olhar de Glauber Oliveira, talentoso fotógrafo brejossantense, tem-me inspirado a mergulhar no imaginário dessas fotografias.
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