sexta-feira, 23 de outubro de 2015

SELVAGEM


Eu te pedi em orações solitárias e urgentes,

Desejei ser teu em um amor para sempre.

Joguei minhas promessas no encontro dos rios,

Encomendei ao uirapuru teus olhos por fortuna.

Transmudei-me no teu corpo,

Ganhei o ritmo dos teus gestos,

Dividi-me para sentir-me completo.

***
Não há mais solidão.

No silêncio e na escuridão,

Contemplo a lembrança de nós dois.


Hérlon Fernandes Gomes

22 de Outubro de 2015.


Para meu céu azul-piscina, meu doce de Cora Coralina.


P.S.:  Encontro das águas do Rio Pacaás-Novos, de tons escuros, com o Rio Mamoré. Guajará-Mirim, Rondônia.

3 comentários:

  1. E cá estou também no silêncio a revirar este blog. Não posso ir adiante. Por ora, está bom por aqui. Vamos ficar no silêncio e na escuridão, por favor. Por um poema vale.
    Teu comentário no Sementeiras, acabou me rendendo outro poema publicado e outro que aguarda publicação.
    Preciso dormir, antes que a poesia me deixe insone.
    Abraço.
    Magna

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    1. A gente também precisa de silêncio e de solidão para se recompor. Outro abraço, querida!

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