
Seu corpo estava entregue às coisas mais solitárias e geladas. Acostumara-se ao frio da madrugada, à umidade do sereno. Eram sensações habitantes da alma – ela parecia absorver tudo isso através de uma força metafísica. Também estava ficando assim gelado, assim frio, solitário... A carne lhe roubara em muito o encanto das sensações sublimes. Era dada a ele a oportunidade de viver uma história de amor? As janelas do quarto estavam abertas ao tempo. O frio noturno velava seus pensamentos sonolentos... A respiração pesada e lenta mostrava que padecia de um sofrimento do íntimo.
Hérlon Fernandes Gomes, Fortaleza - CE, 24 de maio de 2008.
P.S.: A quem velou meu sono nesta noite.
Hérlon Fernandes Gomes, Fortaleza - CE, 24 de maio de 2008.
P.S.: A quem velou meu sono nesta noite.
Esse sentimento que esfria nosso corpo.
ResponderExcluirNosso coração.
Ele haverá de acordar disso.
Para se sentir quente e vivo.
O sofrimento padece.
E ensina.