
Sentia-se um troféu do marido. Em algum momento, confiou piamente. Entregara-se toda a ele, arrastara-se consumida por um amor demais. Para quê só agora enxergava o óbvio? Ele amava os caminhos que ela lhe abria, não à sua pessoa. Deixara-se dominar, por querer inconscientemente acreditar que suas profecias mais simples se realizariam, por tentar dar uma chance a si mesma.
Era momento de revidar, talvez uma resposta a si mesma. Cansou-se de ser apenas uma peça no seu quebra-cabeças.
Comunicaria a Sérgio, naquela noite, que no início do ano assumiria o controle da empresa. E não seria um controle superficial. Precisava se sentir viva e útil; precisava reconhecer que em algum momento da vida conseguira caminhar com os próprios passos, construir seu próprio destino e não esperar de graça o poder do acaso. Uma coisa tão simples que parecia se revelar como a coisa mais extraordinária.
Os dias vindouros deveriam ser momentos em que se daria ao luxo de levar um rumo sem priorizar o marido; preocupando-se muito mais com coisas, fatos que dissessem mais respeito a ela. Como criatura, deveria marcar o próprio terreno e se impor, estabelecendo seus limites, suas escolhas.
Precisava voltar a se achar bonita, primeiramente porque agradaria a si mesma e isso deveria lhe bastar ao menos na causa principal.
Tinha sido uma mulher dona de si desde sempre, por que agora precisaria de alguém que lhe desenhasse mapas? O amor precisava ser algo palpável, sentido, como algo que muda as cores do dia. Respirou fundo e se deu um "sim" de presente.
Hérlon Fernandes Gomes, Brejo Santo - CE, 10 de maior de 2008.
Era momento de revidar, talvez uma resposta a si mesma. Cansou-se de ser apenas uma peça no seu quebra-cabeças.
Comunicaria a Sérgio, naquela noite, que no início do ano assumiria o controle da empresa. E não seria um controle superficial. Precisava se sentir viva e útil; precisava reconhecer que em algum momento da vida conseguira caminhar com os próprios passos, construir seu próprio destino e não esperar de graça o poder do acaso. Uma coisa tão simples que parecia se revelar como a coisa mais extraordinária.
Os dias vindouros deveriam ser momentos em que se daria ao luxo de levar um rumo sem priorizar o marido; preocupando-se muito mais com coisas, fatos que dissessem mais respeito a ela. Como criatura, deveria marcar o próprio terreno e se impor, estabelecendo seus limites, suas escolhas.
Precisava voltar a se achar bonita, primeiramente porque agradaria a si mesma e isso deveria lhe bastar ao menos na causa principal.
Tinha sido uma mulher dona de si desde sempre, por que agora precisaria de alguém que lhe desenhasse mapas? O amor precisava ser algo palpável, sentido, como algo que muda as cores do dia. Respirou fundo e se deu um "sim" de presente.
Hérlon Fernandes Gomes, Brejo Santo - CE, 10 de maior de 2008.
Sentimentos de mudança rondam nossos pensamentos sempre.
ResponderExcluirMesmo parecendo confortável a forma que se vive é imprescindivel pensar no novo.
No que pode ser melhor.
Sentir-se útil e uma forma de se sentir com vida.
Sentir que vale a pena viver.
As quedas nos fazem sofrer a priori...
Depois nos tornam mais fortes.
Aprecio por demais sua idéias.
Seus textos refletem uma sensibilidade ímpar.
Adoro.